Meu nome é Samanta, tenho 36 anos e em 08 de abril de 2015 me submeti ao procedimento de implante do Essure no HC SP.
Me informaram na época que o hospital estava disponibilizando esse procedimento completamente gratuito para 500 mulheres, e que como era novo, estavam fazendo com cada grupo um tipo de teste. No meu caso não usaram anestesia pois além de ser quase indolor queriam ver as reações e usaram a acupuntura. Passei o procedimento todo toda espetada com agulhas. Enfim, tive muita dor durante e piorou depois, comparada a dor do parto. Falaram que só eu tive essa dor.
Após 15 dias voltei com febre e cólicas fortíssimas. Fizeram ultrassom e nada, mas vi quando comentaram que o fio de dentro da mola estava pra fora e raspava minha parede uterina. Comentei com o médico depois e ele falou que isso não causa cólica. Me liberou 12 horas depois.
Seis meses depois, relatei as dores e as enxaquecas e me encaminharam para realizar histerossalpingografia. Outro exame muito dolorido. Nada!! Falaram que estava normal. Mas e a ponta pra fora da mola? Depois uma enfermeira (acho que era enfermeira) comentou que eu deveria retirar as trompas para passar isso e que eu deveria retornar e pedir para fazer exames e solicitar a retirada. Saí inconformada. Passei em outros médicos em outros consultórios e só acharam um mioma. Nem conheciam o Essure.
Desde então tenho cólicas principalmente no período fértil, enxaquecas diárias, dores durante a relação sexual, dores na região pélvica e abdominal, muita Indisposição, mudança constante de humor, fico irritada a maior parte do tempo. Tudo mudou meu modo de vida. Não posso caminhar muito, ficar muito tempo em pé ou até fazer exercícios comuns.
O pior é que parece que estou exagerando em tudo. Até ver o relato de outras pessoas e mostrar aos que convivem comigo.
Quero voltar a ter qualidade de vida.